sábado, 8 de novembro de 2008

A Corrida da Vida


Apenas por um dia pretendo levantar da cama e correr
Correr descalço pelas areias brancas
Sentir a onda do mar me molhar os pés
E o vento suave bater em meu rosto.

Apenas por um dia simplesmente correrei
E não me importarei com os problemas,
Pois eles não serão nada mais do que obstáculos a serem superados.
E eles assim o serão, apenas por um dia.

Contra as dores que ontem me maltratavam eu já me anestesiei.
Apenas por um dia elas ficarão presas ao ontem
E não serão nada mais do que lembranças
E nada menos do que estímulos pra que eu corra mais rápido.

Os olhos da censura desta vez não me impedirão.
Minhas vozes interiores não serão mais tão altas quanto ontem.
As mãos que – sempre – me agarram desta vez não serão tão fortes,
Porque, apenas por um dia, eu simplesmente correrei.

E assim vou eu correndo
Rumo ao abraço apertado dos amigos,
à gargalhada alta e imaculada,
À compaixão, à felicidade, rumo ao amor.

Corro, tropeço, caio.
Levanto,
Pois, nessa corrida não me distraio.
Mancando, continuo correndo (apenas por um dia).

Apenas por um dia quero viver assim.
Apenas por um dia desejo crer que nada mais importa,
E então, apenas correrei.

5 comentários:

santadopaoco disse...

Tem até homenagem pro Caio
"Corro,tropeça, CAIO.."
rsrsrs...
Adoro esse texto;
palavras belíssimas,intensas
como quem as escreve.

Beijos!

Psicopatos disse...

Eu gosto do título, "a corrida da vida", eu fico imaginando aquelas bigas (sei lá o nome) do império romano,que você só vê em desenho.
Mas tirando a parte engraçado é muito legal isso aí mesmo

Sérgio Amarante Junior disse...

Que isso cara, não é vc que escreve essas coisas não... muito bom... não sabia que você dava pra artista...



sem trocadilho, por favor.

hehehehehe

Anônimo disse...

Nossa é mesmo Rô , perfeito texto..
Nossa fiz uma viagemm ao passado e volteii ... perfeito .. temos q publicar essas coisas..ou musicar né rs ..

Unknown disse...

Passando aqui como o prometido!!!
Adorei essa poesia/ texto/ pensamento, não sei como classificar rs...
É uma tradução muito bem feita da busca sem fim pela felicidade que nos esquecemos, às vezes a gente nem sabe muito bem o que buscar e ficamos naquela luta duvidosa... Muito bom!!! Parabéns!!!
Beijos